Os erros mais comuns sobre intercâmbio
Olá pessoinhas!
Trouxe esse post com vários erros/medos que as pessoas tem sobre intercâmbio. Lembrem-se que são tudo de acordo com meu ponto de vista, então pode mudar de acordo com a experiência de cada um. Mas vamos lá?
#1 - Ter medo
Acho que o medo universal de quem faz intercâmbio pela primeira vez é o medo de estar sozinho em uma cultura totalmente diferente. Muitas vezes, as pessoas vão com um idioma fraco (oi Giovanna eu) e a melhor forma de praticar é botando a cara no sol (ou na chuva, neve...) e falar! Ah, não vem com essa de "português e espanhol é a mesma coisa, irei me comunicar bem em Madri (por exemplo)", pois não é verdade! Cada língua é uma língua, cada país é uma cultura diferente.
Uma boa dica pra praticar é sair pela cidade após a aula, tipo visitar um shopping ou entrar num mercado. As pessoas falando irão fazer seu cérebro pensar naquela língua e em pouco tempo você não irá mais ter medo. Se puder assistir algum filme em inglês, é melhor ainda! Assisti A Dog's Purpose em Vancouver, e durante o filme (sem legendas) consegui entender tudo!
Shopping Pacific Central - Vancouver BC
#2 - Achar que fazer intercâmbio é muito caro
Ano passado, e durante toda a minha vida antes de fazer intercâmbio, eu considerava esse um dos impedimentos para sair do país. Depois, com muita cautela e contas, descobri que fazer intercâmbio não é caro pois: VOCÊ PODE IR E VOLTAR E AINDA CONTINUAR PAGANDO! Isso mesmo, funciona como aquelas viagens nacionais que parcelamos em cartões.No caso da IE Intercâmbios no Exterior, você pode parcelar em até 24x, e pagar em boleto. Ou seja, não é necessário ser rico com aqueles cartões sem limites pra parcelar o intercâmbio.
Outro ponto positivo para fazer intercâmbio é que você aprende muito em pouco tempo. No Brasil há boas escolas de inglês, porém essas mesmas escolas são de um custo um pouco alto. Ao fazer as contas por exemplo, você acaba concluindo que em 1 ano de curso irá pagar quase uns R$ 5.000, quase (ou o valor) de um intercâmbio de 1 mês em Malta, ou no Canadá mesmo. Logo, com umas contas boas ali, e outras aqui, você economiza e aprende inglês em outro país!
#3 - Deixar sempre pra depois
Desde criancinha eu queria fazer intercâmbio, muito mesmo. Cresci e essa vontade ainda ficou (e está crescendo cada vez mais!). Muitas pessoas ficam com desculpinhas de que precisam melhorar o inglês, ou que não iriam sozinhas por conta do motivo nº 1, mas não podemos deixar que isso nos convença de não fazer intercâmbio!
A recompensa de um intercâmbio é, além de uma imensa melhora no inglês, é a independência. Notei por conta própria que após voltar do Canadá, tenho tido mais facilidade de conversar com as pessoas e expor minhas dúvidas e pontos de vista, o que nos leva a outro erro no intercâmbio: Não se esforçar.
Algum lugar em Toronto ON
# 4 - Escolher o destino errado
Me imaginem gritando bem alto e bom som: PESQUISE ANTES DE ESCOLHER O LUGAR! Ok, imaginaram? Então vamos justificar isso: acontece que muita gente reclama do destino, não importa se é um pouco frio demais, se é uma cidade confusa demais... Enfim, pesquise antes. Eu revirava a internet à procura de coisas sobre Vancouver e seu dia a dia, e tem muitas coisas que não achei mas irei explicar aqui no blog mais adiante.
Temos que levar em conta também sobre os destinos das paradas de avião. Conheci uma amiga brasileira (oi Srta. Verônica <3 ) que optou por cortar fazer conexão em São Paulo, para fazer conexão no México. Moral da história: ela acabou se descabelando lá por conta de erros dos mexicanos e não pôde fazer nenhum barraco. Então minha dica nesse assunto é: procure fazer conexão dentro do BR mesmo, ou então já no país do destino final.
# 5 - Não se esforçar
Intercâmbio marcado? Eis que começa a parte de preparo emocional. Ao sair pra fora do país para estudar ( ou estudar e trabalhar, ou até mesmo só viajar), deve-se ter em mente o quanto foi investido nisso e que deverá se esforçar o bastante para que tudo valha a pena. Esforçar-se inclui estudar sempre, fazer amigos (preferencialmente gringos) e praticar sempre o inglês.
No Canadá, tive apenas mais 3 amigões brasileiros. Em nossas conversas, tentávamos ao máximo falar em inglês, até porque nossos outros colegas do grupo (um grupo enoooorme), eram de outras nacionalidades, como Japão, Bolívia, Peru, Coréia, Arábia Saudita, México e por aí vai... Além de estudar sempre, quando eu voltava para a homestay, ainda conversava com minha colega de quarto mexicana, somente em inglês.
Nosso "grupinho" de amigos comemorando o Aniversário de uma de nossas amigas
# 6 - Homestay ou residência estudantil?
Creio que este deveria ser um dos primeiros motivos, mas acabei esquecendo. Enfim, há uma enorme diferença entre cada um deles e acredite, não é só o preço não. Tudo depende de seus objetivos. Entra aí a questão do foco também, uma necessidade em todo o processo de intercâmbio.
Numa homestay, você estará hospedado numa casa de speakers English, logo só falará inglês. Não é regra, porém se "você está na chuva, tem que se molhar". É uma ótima escolha pra treinar o inglês, porém se for de maior deverá levar em considerações as regras da casa, pois você será como parte da família. Dependendo do que escolher, você terá um quarto só pra você e um banheiro também. Algumas homestays lavam suas roupas (a minha lavava) e outras não. As refeições são por conta da casa, ou seja, nada de feijoada ou comidas típicas brasileiras. No caso de Vancouver, O FEIJÃO É DOCEE!
Já a residência estudantil, ou até mesmo apartamentos, é para pessoas independentes, ou que desejam só se preocupar consigo mesmas, sem terem que dar satisfações para outros. Aqui você deverá cuidar de si mesmo, preparar sua própria comida, lavar suas roupas, manter o apartamento ou o quarto limpo... É mais trabalhoso porém a liberdade é maior. Você poderá sair e voltar a hora que quiser, poderá convidar qualquer um (proibido para as homestays, porém consegui burlar isso) e se quiser dividir as contas, morar com um amigo.
# 7 - Segurança Total
Compartilho com vocês a minha dor: fui roubada no Canadá. Isso mesmo, nunca tinha sido roubada e minha primeira vez foi lá. Sinto-me chique. Brincadeiras a parte, costumamos acreditar que o mundo fora daqui, principalmente em países de primeiro mundo (EUA, Canadá, Europa), não acontecem coisas ruins. Mas acontecem. E o pior, acontecem embaixo no nosso nariz.
No exterior o ponto forte de roubos não são de abordagens, mas sim enquanto ninguém está olhando. No meu caso, o indivíduo entrou dentro da escola, na sala dos estudantes e pegou uns livros e meu celular que carregava há 2 metros de distância de mim. Questão de 5 minutos. Perdi várias fotos e vídeos, pois não estavam upando no Icloud. Mas, acredite, esses tipos de roubos são comuns. Fiquem atentos com chaves de quarto de hotéis, homestays e apartamentos, pois eles entram e pegam tudo.
Outro ponto que devo ressaltar, é o consumo de drogas. Em Vancouver, elas não são 100% liberadas, porém há pessoas que usam e lojas que vendem. Na rua em que eu morei, tinha uma loja. Então frisando novamente, cuidado com pertences, e bebidas e comidas em festas. Sabe aqueles medos de "e se colocarem droga em minha bebida/comida?" que temos aqui no Brasil? Leve-os contigo!
São Paulo? Não! Ruas de Toronto ON
# 8 - Arrumar as malas inadequadamente
O último erro é bem comum pra quem viaja (independente se é pra fora do Brasil ou não). Arrumar as malas inadequadamente é quando você leva coisas demais, ou coisas de menos. No caso de quem vai pra fora, quanto menos melhor. Motivo? Mesmo que negando, mesmo que fazendo as contas sobre o que irá gastar lá (recomendo que façam!), você irá comprar roupas. E como irá trazê-las de volta se sua bagagem exceder o peso ou não fechar?
Se for viajar para um local frio, compensa (e muito) comprar as roupas lá. Blusas/jaquetas térmicas são na casa de U$ 100,00, e sua qualidade é maior do que as que temos aqui no Brasil. Quem vai pra lugares quentes, a moda é trazer lembrancinhas e roupas mais soltas, o que mesmo assim ainda ocupa espaço na bagagem. Ou seja, ao preparar as malas, deve-se levar em conta o local, o tempo de permanência e a probabilidade de comprar lembrancinhas.
Digo essas coisas pois fui com duas malas grandes, quase vazias, e na volta tive que colocar alguns sapatos nas malas do Daniel. Fui com 3 sapatos, incluindo o chinelo, voltei com 8. Consumista? Magina! Ainda por cima tive que comprar uma mala de mão de rodinhas, pois minhas costas doíam de carregar a mochila. Outra coisa, malas são mais em conta lá também. E seus tamanhos são maiores e a qualidade nem se discute!
Bom, esses foram os erros mais comuns sobre intercâmbio que considero relevantes.
Até o próximo post!
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